A Administração Federal de Aviação (FAA, da sigla em inglês) dos Estados Unidos alertou nesta sexta-feira (21) as principais companhias aéreas sobre uma “situação potencialmente perigosa” ao sobrevoar a Venezuela e pediu cautela.
O aviso da FAA citou a “piora da situação de segurança e o aumento da atividade militar na Venezuela ou em seus arredores” e disse que as ameaças podem representar riscos para as aeronaves em todas as altitudes.
O anúncio foi feito em meio a um grande reforço militar pelos EUA, na região, incluindo o maior porta-aviões da Marinha americana, oito outros navios de guerra e aeronaves F-35.
O governo do presidente Donald Trump bombardeou barcos que, supostamente, transportavam drogas que partiram da costa da Venezuela e de outros países latino-americanos.
Voos para Venezuela estão suspensos
Os voos diretos de passageiros ou de carga dos EUA para a Venezuela estão suspensos desde 2019, mas algumas companhias aéreas dos EUA sobrevoam o país para alguns voos sul-americanos.
A American Airlines disse nesta sexta-feira que havia parado de sobrevoar a Venezuela em outubro. A Delta Air Lines e a United Airlines não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
A ordem não chegou a proibir os voos sobre o país.
A FAA disse que, desde setembro, houve um aumento da interferência no Sistema Global de Navegação por Satélite na Venezuela, o que, em alguns casos, causou efeitos prolongados durante o voo, bem como “atividades associadas ao aumento da prontidão militar da Venezuela”.
“A Venezuela realizou vários exercícios militares e dirigiu a mobilização em massa de milhares de forças militares e de reserva”, disse a FAA, acrescentando que em nenhum momento a Venezuela expressou a intenção de atingir a aviação civil.
A agência disse que as Forças Armadas venezuelanas possuem aviões de combate avançados e vários sistemas de armas capazes de atingir ou exceder as altitudes de operação de aeronaves civis, e que há um risco potencial de baixa altitude dos sistemas de defesa aérea e artilharia antiaérea.
A FAA disse que continuará a monitorar o ambiente de risco para a aviação civil dos EUA que opera na região.
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