O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, elogiou o que classificou como “contundente” pronunciamento a favor da paz na América Latina por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disse a repórteres na terça-feira (4) que a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) “não faz sentido” se não abordar os ataques dos Estados Unidos em águas internacionais no Caribe e no Pacífico.
“Agradeço ao presidente Lula da Silva também porque fez um pronunciamento contundente pela paz na América do Sul, na América Latina e pelo poder que a Celac deve ter”, declarou Maduro durante um congresso do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), transmitido pelo canal estatal VTV.
No discurso, o ditador chavista disse que a América do Sul “tem o direito de seguir seu próprio caminho todos os dias”.
“A paz será nossa grande vitória frente às ameaças imperialistas”, acrescentou o venezuelano.
Lula afirmou no dia anterior em coletiva com a imprensa internacional que a cúpula da Celac com a União Europeia (UE), que será realizada na próxima semana na Colômbia, “só faz sentido neste momento” se for discutida “esta questão dos navios de guerra americanos nos mares da América Latina”.
Na coletiva, o petista recordou que falou da questão da Venezuela com seu homólogo americano, Donald Trump, ocasião em que frisou que a solução deve ser política e que “a América Latina é uma região de paz”.
Além disso, Lula afirmou que o Brasil tem “todo o interesse” em ajudar a resolver a situação e opinou que os Estados Unidos, se querem lutar contra o narcotráfico, deveriam “estar tentando ajudar estes países” em vez de “disparar” contra eles.
A ditadura em vigor na Venezuela diz que a presença militar americana perto do país faz parte de um plano para provocar uma “mudança de regime” e impor uma autoridade “fantoche” com a qual os Estados Unidos possam “apoderar-se” de recursos naturais venezuelanos, principalmente o petróleo.
Em sua guerra contra o narcotráfico, o Exército dos Estados Unidos já atacou pelo menos 17 embarcações e deixou cerca de 60 mortos em águas do Caribe e do Pacífico. O secretário de Guerra do governo Trump, Pete Hegseth, anunciou na noite de terça-feira que militares atacaram mais uma embarcação no Pacífico, acusada de pertencer a traficantes de drogas.
“A inteligência confirmou que a embarcação estava envolvida no contrabando de narcóticos, transitando por uma rota conhecida de narcotráfico e transportando entorpecentes. O ataque foi conduzido em águas internacionais no Pacífico Oriental”, escreveu Hegseth nas redes sociais.
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