O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que ligará para seu homólogo americano, Donald Trump, se as negociações comerciais entre os países não avançarem até o final da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece no Brasil neste mês, segundo informaram agências internacionais nesta terça-feira (4).
“Saí da reunião com o presidente Trump certo de que chegaremos a um acordo”, afirmou o petista a repórteres em Belém, sede do encontro das Nações Unidas, de acordo com citação da agência Reuters.
“Disse a ele [Trump] que era muito importante que nossos negociadores começassem a conversar em breve”, disse o presidente brasileiro. “Quando a COP30 terminar, se a reunião entre meus negociadores e os dele não tiver sido agendada, ligarei para Trump novamente. Tenho o número dele, ele tem o meu. Não é um problema”, acrescentou.
Lula afirmou que o vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, e o ministro da Economia, Fernando Haddad, estão disponíveis para viajar aos Estados Unidos, se for necessário.
A reunião bilateral entre Trump e o petista no final do mês passado, na Malásia, terminou sem a definição de um acordo sobre as cobranças de 50% sobre produtos brasileiros que entram nos Estados Unidos. Lula também pediu a retirada de sanções a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Alexandre de Moraes.
Além de comentar sobre tarifas com repórteres em Belém, a agência de notícias americana Associated Press (AP) informou que Lula pediu uma mobilização de líderes da América Latina para discutir os ataques recentes de Washington perto da Venezuela e Colômbia.
De acordo com a AP, o petista disse que está considerando participar de uma reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), na Colômbia, onde será discutida a atuação militar dos Estados Unidos na região.
Lula informou que comentou o assunto com o homólogo americano na Malásia. “Eu disse a Trump que a América Latina é uma região de paz. Não quero que cheguemos ao ponto de uma invasão terrestre dos Estados Unidos na Venezuela”.
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