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PIB da Coreia do Sul cresce 1,2% no terceiro trimestre puxado por alta no consumo | Mundo

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A economia da Coreia do Sul cresceu em ritmo acelerado no terceiro trimestre, impulsionada pelo aumento do consumo. A quarta maior economia da Ásia expandiu 1,2% no período de julho a setembro em comparação com os três meses anteriores, informou o Banco da Coreia em uma estimativa preliminar na terça-feira. O número segue o crescimento de 0,7% no segundo trimestre, que veio após uma contração de 0,2% no primeiro.

O resultado superou as expectativas de 12 economistas consultados pela Reuters, cuja previsão mediana era de um crescimento de 0,9%.

O consumo privado expandiu 1,3%, enquanto o consumo do governo subiu 1,2%. O aumento no consumo privado foi impulsionado pela compra de automóveis e equipamentos de comunicação, bem como serviços, disse o banco central.

As exportações aumentaram 1,5%, destacando os fortes embarques de semicondutores e automóveis, segundo o Banco da Coreia. As importações cresceram 1,3%.

O investimento em construção, por sua vez, caiu 0,1%.

Na semana passada, o banco central manteve sua taxa de juros básica inalterada em 2,50%, sinalizando “alta incerteza em relação às perspectivas de crescimento econômico”, embora tenha afirmado que o crescimento continua a melhorar, “principalmente impulsionado pelo consumo e pelas exportações”.

O governo do presidente sul-coreano, Lee Jae-myung, que assumiu o cargo em junho, implementou medidas para impulsionar o baixo consumo privado, aprovando um orçamento extra de cerca de US$ 22 bilhões. Uma parte fundamental do pacote foram os “vouchers” distribuídos a todos os cidadãos, no valor de 150 mil a 500 mil wons (US$ 110 a US$ 370) por pessoa, para compras em pequenos estabelecimentos comerciais, como restaurantes e lojas.

O Banco da Coreia prevê um crescimento anual de 0,9% para este ano, ligeiramente abaixo da previsão de 1,0% da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A OCDE espera que o crescimento acelere para 2,2% no próximo ano, impulsionado pelo aumento do consumo e do emprego.

Nos últimos meses, no entanto, a incerteza pairou sobre a economia sul-coreana devido às tarifas impostas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que deve visitar a Coreia do Sul esta semana para participar da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec) na cidade de Gyeongju, no sul do país.

Durante sua viagem à Ásia, Trump também visitou a Malásia para a cúpula dos países do sudeste asiático e atualmente está no Japão para se encontrar com a nova primeira-ministra do país, Sanae Takaichi.

Trump e Lee têm um encontro agendado para quarta-feira, embora declarações de ambos os líderes indiquem que os dois lados ainda não definiram os detalhes de um acordo anunciado em julho.

Pelos termos do acordo, Seul concordou em investir US$ 350 bilhões nos Estados Unidos em troca da redução das tarifas americanas sobre as importações sul-coreanas para 15%. Mas, com o acordo ainda não assinado, as montadoras sul-coreanas enfrentam tarifas de 25%, o que as coloca em significativa desvantagem em comparação com as empresas japonesas, que estão sujeitas a tarifas de 15%.

Em entrevista à Bloomberg News na semana passada, Lee disse: “O método de investimento, o valor do investimento, o cronograma e como compartilharemos as perdas e dividiremos os lucros — tudo isso continua sendo um ponto de divergência.”

Ao partir para a Ásia, Trump, no entanto, disse a repórteres que o acordo estava “bem perto de ser finalizado”.

Desde o anúncio em julho, autoridades sul-coreanas expressaram preocupação de que os US$ 350 bilhões sejam mais do que Seul pode arcar e que isso causaria um caos nas finanças do país. Lee disse no mês passado que um gasto desse porte infligiria um golpe na economia de seu país comparável aos danos causados pela crise financeira asiática de 1997-1998, um evento que causou perdas generalizadas de empregos e continua sendo uma fonte de trauma histórico na Coreia do Sul.

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