Desde que assumiu o cargo de secretário de Estado no governo de Donald Trump, Marco Rubio vem se destacando por liderar campanhas importantes para os Estados Unidos no cenário internacional, especialmente na América do Sul.
É o caso das negociações com o Brasil, cujo governo tenta reverter o tarifaço anunciado em julho pela Casa Branca e as sanções a autoridades brasileiras, como as aplicadas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que está impedido de entrar no território norte-americano e de realizar negócios com empresas do país. Outro caso emblemático que conta com a liderança de Rubio é o da Venezuela, que nos últimos dias sentiu a crescente pressão para a deposição do ditador Nicolás Maduro.
Antes mesmo de assumir a chefia do Departamento de Estado e o cargo de conselheiro de segurança de Trump, quando ainda era senador, Rubio já se destacava por suas críticas e iniciativas no Congresso para pôr fim aos anos de autoritarismo e decadência da democracia na Venezuela. Ele foi autor de projetos para sancionar Maduro e outros líderes autoritários da América Latina.
Agora, em uma alta posição no governo de Donald Trump, ele tem a oportunidade de liderar uma campanha de pressão para enfraquecer de vez a ditadura imposta por Nicolás Maduro e o chavismo.
Fontes familiarizadas com as recentes operações militares dos Estados Unidos no Caribe contra o narcotráfico apontam Marco Rubio como o principal responsável pelo planejamento das ações. De acordo com o Wall Street Journal, o que começou como uma campanha contra narcóticos, ganhou uma amplitude para pressionar Maduro a deixar o Palácio de Miraflores, que ocupa de forma ilegítima, segundo boa parte da comunidade internacional, incluindo a Casa Branca.
Um alto funcionário do governo americano disse ao jornal conservador que Trump encarregou Rubio, juntamente ao vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Stephen Miller, a chefe de gabinete, Susie Wiles, e a procuradora-geral do país, Pamela Bondi, de implementar a campanha de pressão contra o regime venezuelano.
Em agosto, o governo republicano, por meio de Bondi, dobrou o valor da recompensa pela captura de Maduro – agora, essa valor chega a US$ 50 milhões. O ditador chavista é considerado por Washington como um dos líderes do Cartel de Los Soles, envolvido com o tráfico de drogas internacional.
A campanha encabeçada por Rubio conta com um forte apoio militar. Nos últimos meses, o Pentágono enviou oito navios de guerra da Marinha, um submarino de ataque, caças F-35B, aviões espiões P-8 Poseidon e drones MQ-9 Reaper para o Caribe, próximo à costa venezuelana.
Mais recentemente, nas últimas semanas, o Departamento de Guerra – antigo Departamento de Defesa – também enviou forças de operações especiais de elite, incluindo o secreto 160º Regimento de Aviação de Operações Especiais do Exército, os “Perseguidores Noturnos”, para treinamento perto da costa da Venezuela.
Toda essa mobilização tem gerado um caos dentro do alto escalão do regime chavista. No sábado (18), o jornal britânico Financial Times publicou uma reportagem na qual revelou que figuras próximas de Maduro chegaram a mudar suas rotinas nos últimos dias com o anúncio de que Trump autorizou a CIA a realizar operações secretas dentro da Venezuela.
Assim que foi assumiu a chefia do Departamento de Estado, Rubio deixou claro qual seria uma de suas prioridades: “garantir que a política externa dos EUA envie um sinal de que é melhor ser um amigo do que um inimigo”. A declaração foi feita durante uma viagem oficial à Costa Rica. Em seguida, ele acrescentou que atualmente as ditaduras de Venezuela, Cuba e Nicarágua são consideradas “inimigas da humanidade”.
No mês passado, Maduro chegou a mencionar Rubio em uma declaração direcionada a Trump, chamando-o de “senhor da guerra”.
“Presidente Donald Trump , você deve ter cuidado porque Marco Rubio quer manchar suas mãos com sangue”, disse o ditador na ocasião.
Com a dupla função no governo americano – de secretário de Estado e conselheiro de segurança – Marco Rubio finalmente poderá colher frutos de décadas de esforço no Congresso em busca de tirar o governo ilegítimo de Maduro do poder na Venezuela e devolver a dignidade ao povo venezuelano.
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