InícioEconomiaChina expulsa general e almirante do Partido Comunista em campanha anticorrupção |...

China expulsa general e almirante do Partido Comunista em campanha anticorrupção | Mundo

Publicado em

SIGA NOSSAS REDES SOCIAS

spot_img

Dois importantes líderes militares chineses foram expulsos do Partido Comunista e das Forças Armadas por acusações de corrupção, informou nesta sexta-feira (17) o Ministério da Defesa. São os oficiais de mais alta hierarquia a serem expurgados em uma campanha anticorrupção que começou em 2023.

He Weidong, o segundo general da China, e o almirante da marinha Miao Hua, ex-alto oficial político do exército chinês, são os mais recentes altos oficiais militares a serem alvos de uma campanha contra a corrupção no Exército de Libertação Popular.

A destituição é a primeira de um general em exercício na Comissão Militar Central desde a Revolução Cultural. Ele não é visto em público desde março, mas a investigação sobre suas atividades não havia sido divulgada anteriormente pelas autoridades chinesas.

Xi está ‘limpando a casa’

He, Miao e outros sete altos oficiais militares citados no anúncio “violaram gravemente a disciplina do Partido e são suspeitos de crimes relacionados envolvendo uma quantia extremamente grande de dinheiro“, disse o porta-voz do Ministério da Defesa, Zhang Xiaogang.

Seus crimes foram “de natureza grave, com consequências extremamente prejudiciais”, acrescentou o comunicado, que chamou a expulsão de “uma conquista significativa na campanha anticorrupção do Partido e dos militares”.

A expulsão de He, de 68 anos, tem implicações além das forças armadas, já que ele também fazia parte do Politburo de 24 membros, o segundo mais alto escalão de poder do Partido Comunista.

Um dos dois vice-presidentes da comissão, o general é o terceiro comandante mais poderoso do Exército de Libertação Popular e é considerado um colaborador próximo do presidente Xi Jinping, comandante-chefe do exército.

O anúncio foi feito poucos dias antes da Quarta Sessão Plenária do Comitê Central do Partido Comunista, um órgão de elite composto por mais de 200 altos funcionários, em Pequim. Mais decisões sobre pessoal, como a expulsão e a substituição de membros do Comitê Central, devem ser formalizadas na reunião.

“Xi está, com certeza, fazendo uma faxina. A demissão formal de He e Miao significa que ele poderá nomear novos membros da Comissão Militar Central – que está praticamente pela metade desde março – no Plenário”, disse Wen-Ti Sung, membro do Centro Global da China do Conselho Atlântico.

Miao já havia sido removido da Comissão Militar Central em junho, após ser investigado por “graves violações de disciplina” em novembro passado.

Os outros oficiais nomeados incluem He Hongjun, ex-alto funcionário do Departamento de Trabalho Político, Wang Xiubin, do Centro de Comando de Operações Conjuntas da Comissão Militar Central, o ex-comandante do Comando do Teatro Oriental, Lin Xiangyang, e dois ex-comissários políticos do Exército e da Marinha. Observadores notaram que muitos desses oficiais estavam desaparecidos da vista do público por vários meses.

O ex-comandante da Polícia Armada Popular, Wang Chunning, também citado na declaração, foi removido da legislatura nacional no mês passado, junto com outros três generais do ELP.

O expurgo de He envolve um homem com vasta experiência operacional e longos laços com Xi.

Seus laços com o presidente remontam aos seus serviços simultâneos nas províncias de Fujian e Zhejiang no final da década de 1990. Xi foi vice-secretário do partido e governador da província entre 1995 e 2002.

Ele se juntou à comissão militar depois de comandar o Teatro Oriental na província de Fujian, que fica de frente para Taiwan e seria a região-chave em qualquer conflito pela ilha autônoma que Pequim reivindica como seu território.

Em 2022, ele foi promovido diretamente a vice-presidente da comissão militar, pulando a etapa usual de servir no Comitê Central de 205 membros.

O Pentágono disse que ele desempenhou um papel fundamental no planejamento de exercícios com fogo real em Taiwan depois que Nancy Pelosi, então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, irritou a China ao visitar Taipé em agosto de 2022. Os exercícios foram os movimentos mais agressivos que Pequim fez contra a ilha nos últimos anos.

Presidente da China, Xi Jinping — Foto: Ng Han Guan/AP

@jornaldemeriti – Aqui você fica por dentro de tudo.
Fala com a gente no WhatsApp: (21) 97914-2431

Artigos mais recentes

Centrais sindicais defendem Venezuela contra “escalada imperialista” dos EUA

Seis centrais sindicais brasileiras saíram em defesa da Venezuela nesta sexta (17) afirmando que...

Ex-deputado Rodrigo Maia deixa presidência da Confederação Nacional das Instituições Financeiras e deve ir para o BTG | Finanças

Segundo a Fin, durante sua gestão, Maia foi muito importante para reposicionar...

O míssil desejado por Zelensky que pode atingir a Rússia

Os presidentes Donald Trump, dos EUA, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, devem se encontrar...

candidato apoiador de pautas de Bolsonaro “não será presidente”

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou nesta quinta (16) que os...

MAIS NOTÍCAS

Centrais sindicais defendem Venezuela contra “escalada imperialista” dos EUA

Seis centrais sindicais brasileiras saíram em defesa da Venezuela nesta sexta (17) afirmando que...

Ex-deputado Rodrigo Maia deixa presidência da Confederação Nacional das Instituições Financeiras e deve ir para o BTG | Finanças

Segundo a Fin, durante sua gestão, Maia foi muito importante para reposicionar...

O míssil desejado por Zelensky que pode atingir a Rússia

Os presidentes Donald Trump, dos EUA, e Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, devem se encontrar...