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Após ser solto, opositor Kara-Murza volta à mira da Rússia

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A ditadura de Vladimir Putin voltou a incluir na lista de pessoas procuradas da Rússia o político opositor Vladimir Kara-Murza, de 44 anos, libertado em 1º de agosto do ano passado como parte de uma ampla troca de prisioneiros entre o Kremlin e cinco países ocidentais – entre eles Estados Unidos e Alemanha.

A decisão foi confirmada nesta segunda-feira (13) pelo Ministério do Interior russo, que também classificou Kara-Murza como “terrorista e extremista”, medida que implica o congelamento imediato de suas contas bancárias.

Condenado neste ano a 25 anos de prisão, Kara-Murza foi acusado de divulgar informações consideradas falsas sobre as Forças Armadas russas, além de participar de uma organização “indesejada” e cometer “alta traição”. O opositor havia sido libertado junto a outros 15 detentos, incluindo 12 ativistas da oposição, dois americanos acusados de espionagem e dois cidadãos alemães, em troca de cinco russos detidos no Ocidente sob acusações de espionagem e crimes cibernéticos. Entre os libertados por Moscou estava um oficial do serviço secreto russo que cumpria prisão perpétua na Alemanha por assassinato.

A inclusão de Kara-Murza na lista de procurados marca o segundo caso semelhante desde a histórica troca de 2024 – a maior entre Rússia e potências ocidentais desde o fim da Guerra Fria. Em dezembro do mesmo ano, o opositor Ilya Yashin, também libertado no mesmo acordo, passou a ser alvo de mandado de captura após criticar publicamente o Kremlin. Na ocasião, Yashin afirmou que a decisão tinha como objetivo impedir que dissidentes retornassem ao país.

De acordo com a agência federal de supervisão financeira da Rússia (Rosfinmonitoring), tanto Kara-Murza quanto Yashin agora figuram oficialmente entre os “terroristas e extremistas” do Estado. A designação obriga instituições financeiras a bloquear seus bens e proíbe qualquer tipo de transação bancária ou serviço em território russo.

O endurecimento contra ex-presos políticos libertados no acordo de 2024 evidencia a estratégia do Kremlin de manter vigilância sobre opositores mesmo fora do país. Kara-Murza, crítico histórico de Vladimir Putin e sobrevivente de duas tentativas de envenenamento, vive atualmente no exílio e tem atuado em fóruns internacionais denunciando as violações de direitos humanos cometidas pelo regime russo.

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