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Raízen precisa de R$ 25 bi para nível de endividamento encostar em pares, estima UBS BB | Empresas

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Analistas do UBS BB estimam que a Raízen precisa levantar de R$ 20 bilhões a R$ 25 bilhões para alcançar um nível de alavancagem alinhado ao de seus pares, de 2 vezes a 2,5 vezes a dívida líquida em relação ao resultado operacional medido pelo Ebitda.

Para que a companhia pare de consumir caixa em 2026 e 2027, a joint venture entre Cosan e Shell precisa levantar cerca de R$ 10 bilhões, afirmaram, pontuando, no entanto, que a alavancagem medida pela dívida líquida expandida/Ebitda ainda ficaria em 3,5 vezes.

A Raízen afirmou, na última sexta-feira (10), que não está considerando qualquer forma de reestruturação de dívida ou pedido de recuperação judicial ou extrajudicial, em esclarecimento à reportagem publicada pelo Valor sobre a estrutura de capital e títulos de dívida da empresa.

A companhia afirmou que mantém posição robusta de caixa, com R$ 15,7 bilhões em disponibilidade ao final do primeiro trimestre da safra 2025/26, e R$ 5,5 bilhões em linhas comprometidas de crédito rotativo (RCF) disponíveis.

Em 2025, as ações da companhia acumulam uma perda de 60,65%.

Em termos de timing, Matheus Enfeldt e a equipe do UBS BB afirmaram não ver um problema imediato de liquidez para a Raízen, destacando que a sazonalidade típica do setor faz com que a empresa emita dívida na primeira metade da safra — geralmente entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões — e, na segunda metade, venda estoques, gerando caixa.

“No final do primeiro trimestre da safra 2025/2026 (segundo trimestre do ano calendário), a Raízen tinha uma posição caixa de R$ 15 bilhões e uma dívida líquida expandida (DLE) de R$ 56 bilhões”, citaram em relatório a clientes nesta segunda-feira (13).

“Esperamos que a DLE caia cerca de R$ 5 bilhões até o final do ano, encerrando a safra com caixa em R$ 11 bilhões — após pagar aproximadamente R$ 11 bilhões em principal entre o segundo trimestre e o quarto trimestre, embora seja importante destacar que apenas R$ 4,5 bilhões vencem nesta temporada.

Eles colocaram no modelo sobre a empresa que a Raízen precisará emitir cerca de R$ 6 bilhões no primeiro trimestre da safra 2026/2027 — começando em abril de 2026 —, ponderando que esse valor poderá ser menor com pagamentos de principal reduzidos este ano.

Em termos de alavancagem, a equipe do UBS BB prevê que a dívida líquida/Ebitda reportada suba para 4,6 vezes no segundo trimestre 2025/2026 (de 4,5 vezes no primeiro trimestre), antes de cair para 3,7 vezes no quarto trimestre e 3,6 vezes ao final de 2026/27.

Para a dívida líquida expandida/Ebitda, colocaram, nos seus modelos, uma alta para 5,3 vezes no segundo trimestre (de 4,9 vezes no primeiro trimestre), com queda para 4,5 vezes no quarto trimestre.

No fato relevante divulgado na sexta-feira, a Raízen acrescentou que segue executando sua estratégia de gestão financeira voltada à otimização do perfil de endividamento e da estrutura de capital.

Ela também disse que foi informada por seus acionistas controladores de que “seguem em curso discussões e avaliações sobre alternativas de capitalização da Raízen, com o objetivo de fortalecer sua estrutura de capital e apoiar sua estratégia de longo prazo”.

No fim de setembro, a Cosan anunciou acordo envolvendo uma capitalização até R$ 10 bilhões e entrada de novos sócios, enquanto enfatizou que os recursos não serão usados para ajudar a Raízen.

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