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Acordo fortalece Netanyahu nas pesquisas eleitorais

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O acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, mediado pelo presidente americano, Donald Trump, que prevê a volta de todos os reféns que estão em Gaza, tem fortalecido o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nas pesquisas eleitorais.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo canal 13, divulgada na última sexta-feira (10), se as eleições fossem hoje, o Likud, partido do premiê, somaria 27 cadeiras no Knesset (Parlamento), quatro a mais que no levantamento anterior, tornando-se a maior sigla.

O partido de Naftali Bennett, considerado o principal nome da oposição ao atual governo, conquistaria 23 assentos. Em Israel, para formar um governo, o partido precisa compor uma coalizão que some pelo menos 61 cadeiras no Knesset — isto é, a metade do total dos 120 assentos mais um.

“Os Democratas” — uma alternativa mais à esquerda —, figura no terceiro lugar, com 10 cadeiras, e os partidos religiosos, Shas e Otzma Yehudit, do ministro Itamar Ben Gvir, com 9.

Uma pesquisa similar, divulgado na última sexta-feira (10) pelo jornal Maariv, também aponta o Likud com 27 assentos e Bennet com 19.

Em agosto deste ano, uma pesquisa também divulgada pelo Maariv indicava que a oposição, liderada por Bennet, não só liderava as pesquisas, como alcançaria 61 cadeiras no Knesset, atingindo a maioria necessária para formar um governo, culminando assim, na queda de Netanyahu.

Entretanto, mesmo com Netanyahu à frente nas pesquisas, esses dois levantamentos mostram que, nem o premiê, nem a oposição, conseguiriam somar os 61 assentos para formar um governo.

Por outro lado, uma outra pesquisa, divulgada pelo Canal 14, mostra uma força maior ainda de Netanyahu, posicionando o partido do premiê com 34 cadeiras e Bennet com 16.

Bennett já foi premiê por pouco mais de um ano, entre junho de 2021 e o mesmo período do ano seguinte. O político, considerado religioso, é cofundador do partido “Nova Direita” em 2018. Antes, entre 2012 a 2018, estava à frente do partido sionista religioso Lar Judaico.

A próxima eleição será em outubro de 2026, podendo ser antecipada caso o governo perca o apoio de metade do Parlamento ou convoque eleições.

Sociedade deve fazer uma “revisão” sobre culpabilidade de Netanyahu no 7 de outubro

À Gazeta do Povo, o jornalista brasileiro residente em Israel Fabio Schapiro contou um pouco do panorama político atual. Ele destaca que o governo atual de Netanyahu, se destaca no principal ponto para a sociedade: a segurança.

“O Likud se fortaleceu nessa questão [segurança]. No começo da guerra, existia todo um aparato das forças do Irã na região inteira: forças do Irã, as forças de Bashar na Síria, as forças do Hezbollah, no Líbano, as forças paramilitares não só do Hamas, como da Jihad Islâmica, estava crescendo também um grupo dissidente do Hamas na Cisjordânia, chamado Cova dos Leões”.

Embora ele enfatize que o governo Netanyahu não tenha conseguido uma “destruição total” desses grupos, eles sofreram uma “perda de poder muito grande por conta da guerra” e cita a união entre o premiê israelense e Trump, hoje, muito popular em Israel.

Entretanto, ele prevê que no próximo pleito, a sociedade faça uma “revisão” sobre a culpabilidade do governo no ataque terrorista do Hamas, em 7 de outubro.

Schapiro também aponta que o tema da economia, embora, para ele, não tenha sido explorado por “praticamente nenhum partido” pode se tornar uma chave também numa possível próxima eleição, sobretudo, “quando a conta da guerra chegar”.

Ele considera que “inflação está alta” e por mais que exista a ideia do “milagre econômico de Israel”, muito do sucesso recente do país é relacionado ao suporte os Estados Unidos.

“A inflação está alta e, mesmo na periferia, muitas pessoas não conseguem comprar um apartamento. A segurança é muito importante, mas essa pauta econômica — que, na verdade, não foi explorada por praticamente nenhum partido — pode se tornar uma chave também em uma possível próxima eleição, especialmente depois que forem sentidos todos os efeitos do pós-guerra”.

Ele aponta para uma boa popularidade de Bennet, mas diz que para além das principais figuras do partido, a situação para montar coalizações em Israel é complexa. Schapiro explica o que acontece caso nenhum dos partidos consiga atingir o mínimo de 61 cadeiras no Parlamento.

O jornalista conta que embora seja legalmente possível formar um governo minoritário em Israel, essa opção é politicamente inviável, já que a oposição poderia facilmente derrubá-lo ao reunir uma maioria simples de 61 cadeiras no Knesset.

“Então, acontece o mesmo que ocorreu nos últimos anos, até a eleição de 2022: o país passou três anos realizando eleições sem parar, a cada seis meses. Forma-se um governo que dura cerca de um ano, mas geralmente, a cada três a seis meses, há uma nova eleição, até que seja possível constituir um governo estável”.

Schapiro aponta que quando isso ocorre, ” o país para, porque não tem orçamento, não tem grandes pautas a serem discutidas, e o governo não consegue trabalhar até que se forme uma nova eleição”.

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