A líder da oposição na Venezuela e vencedora do prêmio Nobel da Paz, María Corina Machado, foi alvo de críticas de integrantes do governo venezuelano e do presidente colombiano, Gustavo Petro.
O embaixador da Venezuela na ONU, Samuel Moncada, ao ser questionado sobre a reação do regime ao prêmio, afirmou desconhecer a reação da ditadura venezuelana em relação à láurea.
No entanto, disse que esperava que ela ganhasse o “Nobel de Física” e afirmou que María Corina teria “as mesmas credenciais” para ambas as premiações. “Talvez, no próximo ano, ela ganhe o Nobel de Física”, finalizou o embaixador, com ironia.
As declarações de Moncada foram dadas na sexta-feira (10), durante entrevista coletiva na sede da ONU, em Nova York.
Petro criticou Corina por ter pedido auxílio a Netanyahu
Já o presidente colombiano criticou a venezuelana por ter enviado, em 2018, uma carta ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e ao então presidente da Argentina, Mauricio Macri, pedindo proteção internacional para combater o “regime criminoso venezuelano” ligado ao narcotráfico e ao terrorismo.
Ao acusar Netanyahu de cometer “genocídio” em Gaza, Petro questionou que tipo de paz María Corina pretende estabelecer na Venezuela ao solicitar sua ajuda. O presidente colombiano também criticou a operação dos Estados Unidos contra o narcotráfico no Caribe.
Presidente do Legislativo venezuelano também se pronunciou
Por sua vez, Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, que é o Legislativo do país, afirmou ser “militante da paz”, em uma transmissão da emissora estatal venezuelana, a TVT.
“Militante do partido da paz é cada venezuelano e cada venezuelana de bem. Somos militantes do partido de qualquer forma que impeça a ação da violência ou o uso da violência para resolver assuntos políticos”, declarou. Em seguida, Rodríguez disse que era preciso cuidar da paz, da harmonia e da soberania da Venezuela.
Corina recebeu o Nobel pela promoção dos direitos democráticos em seu país
María Corina Machado recebeu o prêmio Nobel da Paz na sexta-feira (10). Segundo o Comitê do Nobel, a venezuelana foi a vencedora “por seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo venezuelano e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.
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