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plano de Trump renova esperança em Israel

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Sobreviventes do cativeiro em Gaza e familiares de reféns organizaram diferentes atos em Israel entre esta segunda (6) e terça-feira (7), em memória dos cerca de 1.200 mortos em 7 de outubro de 2023 e para exigir a libertação das 48 vítimas ainda mantidas em Gaza.

Há exatos dois anos, crianças, jovens, idosos, famílias inteiras viviam suas rotinas, quando foram surpreendidos por terroristas em suas casas e nas ruas. Milhares de vítimas foram torturadas e assassinadas em plena luz do dia, sem misericórdia.

Ofer Gitai, um dos líderes comunitários do Kibutz Be’eri, onde uma em cada dez pessoas foi assassinada no 7 de outubro de 2023, disse em uma das cerimônias: “Ainda hoje, o coração se recusa a acreditar que existam reféns na Faixa de Gaza. A palavra ‘reféns’ – a mente não consegue compreender quantas vezes ela foi repetida nos últimos dois anos… Sentimos faltas dos nossos queridos, sentimos falta de uma parte de nós mesmos, sentimos falta da alegria que era tão fácil na noite anterior [ao massacre], sentimos falta das pessoas que não existirão mais”.

Os atos públicos reuniram milhares de pessoas em Israel, em eventos nos quais familiares e amigos lamentaram suas perdas no massacre e apelaram pelo fim do conflito e o retorno imediato dos raptados – acredita-se que 48 reféns continuam em Gaza, sendo 20 vivos.

Dois anos após o momento mais traumático de suas vidas, os sobreviventes do festival de música Nova, o primeiro alvo dos terroristas no 7 de outubro, também se reuniram em atos públicos para homenagear as vítimas e família enlutadas. Naquele dia, mais de 370 pessoas foram assassinadas, enquanto outras sofreram terror psicológico, abusos físicos e sequestro.

Pertences pessoais deixados para trás de vítimas do massacre terrorista em 7 de outubro de 2023 durante um festival de música em Israel. Crédito: EFE/EPA/MARTIN DIVISEK/Arquivo (Foto: EFE/EPA/MARTIN DIVISEK/Arquivo)

Apesar da tristeza, angústia e saudade que perduram nos corações de pais, filhos, avós e amigos, a esperança tem se renovado desde o final do mês passado com a proposta de 20 pontos do presidente dos EUA, Donald Trump, para dar um basta na guerra e alcançar o retorno dos reféns. Para muitos israelenses e judeus, essa é a última chance de conseguir reencontrar seus entes queridos.

No enclave, a proposta também é recebida com esperança por alguns palestinos, depois de anos de destruição em Gaza devido às ações terroristas do Hamas. Nos últimos meses, a população se juntou nas ruas para pedir o fim do regime extremista, o que resultou em ataques do grupo a palestinos e até em mortes.

Soldado israelense visita memoriais no local do festival de música Nova, perto de Re’im, na fronteira com Gaza. Crédito: EFE/EPA/ATEF SAFADI (Foto: EFE/EPA/ATEF SAFADI)

Pelo segundo dia consecutivo, delegações de Israel, do Hamas, Estados Unidos e países árabes se reúnem no Egito para deliberar sobre os pontos da proposta americana para encerrar a guerra.

As negociações indiretas são complexas, visto que envolvem a saída dos militares israelenses de Gaza, a libertação de todos os reféns em troca de prisioneiros palestinos, o desarmamento do Hamas e a formação de um governo de transição, que seria supervisionado por Trump e pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.

O enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, deve se reunir com as delegações “nas próximas horas”, segundo informou o ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelaty, nesta terça. O genro de Trump, Jared Kushner, também deve participar das reuniões a partir desta quarta.

Num primeiro momento, as negociações giram em torno de um acordo sobre os mecanismos e detalhes logísticos de uma trégua temporária para permitir a libertação dos 48 reféns, vivos e mortos, mantidos pelo Hamas em troca da libertação de centenas de palestinos por Israel.

Familiares israelenses visitam os memoriais no local do festival de música Nova, perto de Re’im, no segundo aniversário dos ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023. Crédito: EFE/EPA/ATEF SAFADI (Foto: EFE/EPA/ATEF SAFADI)

À agência EFE, fontes egípcias e representantes palestinos disseram que a primeira rodada de negociações entre Israel e Hamas, mediada por Egito, Catar e Turquia, “ocorreu em uma atmosfera positiva” nesta madrugada.

O grupo palestino propôs algumas condições para aceitação do plano americano. Fawzi Barhoum, um alto funcionário do Hamas, disse nesta terça em um discurso transmitido pela mídia do Hamas que o alto escalão do grupo está “trabalhando para remover todos os obstáculos a um acordo que atenda às aspirações do nosso povo”.

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Essas ressalvas, segundo o representante do grupo terrorista, incluem um cessar-fogo permanente e abrangente, a retirada do exército israelense de toda a Faixa de Gaza e a entrada irrestrita de ajuda humanitária no enclave.

O Hamas também está exigindo garantias de que os palestinos deslocados poderão retornar às suas casas num futuro próximo, bem como pede um “acordo justo de troca de prisioneiros” e o início imediato de um “processo de reconstrução abrangente sob a supervisão de um órgão nacional palestino de tecnocratas independentes” em Gaza, diferente do que propõe a proposta de Trump.

O Fórum de Famílias de reféns renovou seu apoio ao governo americano, com esperança de reencontrar seus entes queridos levados abruptamente por terroristas em 7 de outubro de 2023.

Em uma declaração nesta terça, o fórum declarou: “Há dois anos, nossas vidas mudaram para sempre. Terroristas invadiram nossas comunidades, partidos e bases, assassinando, estuprando, ferindo e sequestrando centenas de pessoas inocentes”.

“Cada um deles deve voltar para casa. Os vivos precisam de reabilitação e os mortos merecem ser enterrados em sua terra natal”, acrescentou o grupo.

No início desta semana, o fórum chegou a enviar uma carta ao Comitê Norueguês do Nobel, pedindo que conceda o prêmio Nobel da Paz ao presidente Trump por suas contribuições à paz mundial.

“Embora muitos tenham falado eloquentemente sobre a paz, ele a alcançou. Enquanto outros fizeram promessas vazias, ele alcançou resultados tangíveis que salvaram inúmeras vidas. Ele não se limitou a falar de paz: a tornou realidade”, afirmou a organização.

O chefe da Casa Branca agradeceu nesta terça ao fórum pela indicação e renovou a pressão para as partes do conflito chegarem a um acordo rapidamente. Ele reafirmou ainda seus dois objetivos centrais na guerra do Oriente Médio: devolver todos os reféns
as suas famílias e destruir totalmente o Hamas.

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