É o primeiro diálogo oficial entre os chefes de Estado após a aplicação do tarifaço e das sanções contra autoridades brasileiras, medidas que foram em parte resultado da atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como parte da estratégia para defender seu pai do julgamento por tentativa de golpe de Estado.
O deputado, que mora nos EUA desde fevereiro, ainda não se manifestou sobre o encontro nem sobre as reações oficiais dos dois presidentes. O blogueiro Paulo Figueiredo, seu principal aliado nas articulações no país, disse que a ligação representa “zero avanço”. “Acordei embasbacado vendo a imprensa comemorando porque Trump colocou Marco Rubio para negociar com o Brasil. Zero de avanço”, escreveu.
Figueiredo refere-se à informação do governo brasileiro de que Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Rubio já fez manifestações públicas com críticas ao ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF), principal foco de ataques de Eduardo, e a autoridade brasileira mais afetada pelas sanções americanas. O secretário americano ainda não comentou a informação sobre sua designação.
O advogado Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação de Jair Bolsonaro, afirmou que a ligação não significa “absolutamente nada”.
“Passados dez meses para esse contato de hoje, somente evidencia o quanto a política externa atual é retrógrada, lenta e sem nenhuma tecnicidade. A tal ‘Química Perfeita’ sequer terá alicerces para deixá-la em pé com partícipes que promovem o terrorismo e seus aliados históricos”, afirmou em suas redes, ironizando a expressão usada pelo próprio Trump, que após encontrar Lula na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, há duas semanas, afirmou ter havido uma “química ótima” entre eles.
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