No Brasil de hoje, se você quer ficar bilionário, esqueça mineração de terras raras, startups de tecnologia ou fintechs com capital de risco. O negócio da hora atende pelo nome de sindicato. Tem siglas para todo gosto: Sindnapi, AAPEN, AAPB, Ambec, Unaspub e por aí afora. Mas o destaque fica por conta de uma veterana, a Contag – Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares.
Criada nos anos 60, sempre de braço dado com PT, MST e companhia, a entidade virou uma máquina de fazer dinheiro. Em apenas um ano, entre 2024 e 2025, movimentou R$ 2 bilhões, boa parte arrancada direto dos contracheques de aposentados e pensionistas do INSS. Gente pobre, muitos que nunca sequer autorizaram se representados pelo sindicato. Mas viraram financiadores compulsórios dessa startup sindicalista.
Startup, aliás, é fichinha. Porque a Contag, como seus assemelhados, é ainda mais “inovadora”: não tem concorrência, não tem risco, não precisa criar nada. O Estado garante tudo. Convênios, repasses, favores. E quando a polícia descobre, aparece a ladainha de sempre, gritando que é “perseguição política”.
Dinheiro voando para a fronteira
Enquanto isso, relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) mostram a farra: em abril de 2025, R$ 46 milhões repassados em um único mês a terceiros sem qualquer vínculo comercial. Houve até movimentação com cheques-viagem, esquema típico de quem quer sacar dinheiro vivo em regiões de fronteira. Parece manual de lavagem de dinheiro.
A Contag, claro, nega tudo. Mas não consegue explicar a mágica da multiplicação de filiados e de dinheiro. O sindicalismo aliado do PT atingiu o auge: é o único setor no Brasil em que se fatura bilhões sem produzir nada. Lula, realmente, é um visionário. Viu cedo na vida que ser sindicalista dá mais retorno do que ralar como trabalhador ou empresário.
É o capitalismo de compadrio em versão sindical. Ou, para falar mais claro: o parasitismo elevado à categoria de negócio oficial. O trabalhador sente o golpe quando já é tarde demais, como alguém que descobre o carrapato grudado na pele só depois de sugar seu sangue até quase secar.
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