A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) e outros 13 brasileiros presos por Israel nos últimos dias, por integrarem uma flotilha humanitária para levar alimentos e medicamentos à Faixa de Gaza, receberam nesta sexta-feira (3) a visita de autoridades do consulado brasileiro, segundo as assessorias da deputada e da missão Flotilha Global Sumud.
Segundo essas fontes, os funcionários do consulado teriam ficado cerca de 8 horas com os brasileiros e relatado que todos eles estavam com a saúde estável. De acordo com a assessoria da flotilha, os presos teriam recebido mensagens de suas famílias durante a visita.
Os brasileiros e outros capturados pela Força de Defesa de Israel estão na prisão de Ketziot, localizada no sul do país. Eles foram interrogados e estão passando pelos trâmites jurídicos conduzidos pelos israelenses e receberam apoio de advogados membros de um centro jurídico administrado por palestinos em Israel.
“No momento, encontram-se na prisão de Ktzi’ot [Ketziot], onde seguem submetidos aos trâmites jurídicos definidos pelas autoridades locais e no aguardo de deportação. A embaixada [do Brasil] informa que continuará acompanhando o caso de perto e mantendo os familiares informados”, informou a assessoria da Global Sumid.
A organização da flotilha afirmou que ouviu relatos de privação de água e comida por parte dos brasileiros e que quatro dos 14 presos aceitaram assinar documentos de deportação. Isso significa que reconhecem que adentraram de forma ilegal o território israelense.
“Dos 14 integrantes da delegação brasileira presos ilegalmente, em situações, conforme relatadas, de abuso de direitos humanos e privação de água e alimentação, quatro assinaram os papéis de deportação, mas não temos ainda informações sobre quando irão regressar ao Brasil”, declarou a flotilha. “O documento previamente preenchido, implica no reconhecimento de que entraram ilegalmente em Israel, e ficam impedidos de adentrarem novamente por 100 anos”.
Em nota, o Itamatary confirmou a visita e disse que todos aparentam estar em bom estado de saúde. O comunicado afirma que, com base nas informações disponíveis no momento, cinco brasileiros estariam dispostos a assinar o documento que, segundo informado, facilitará o processo de deportação.
“O Ministério das Relações Exteriores, por intermédio da Embaixada do Brasil em Tel Aviv, permanecerá atento aos desdobramentos do caso, buscando garantir o pleno respeito aos direitos dos brasileiros detidos e sua rápida libertação.”
O Itamaraty informou que não divulgaria informações pessoais dos envolvidos em respeito ao direito à privacidade e à Lei de Acesso à Informação.
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