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Pressionado a deixar o Turismo, Sabino provoca União Brasil e diz que apoiará Lula onde estiver | Política

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Apesar de ter entregue sua carta de demissão na semana passada, o ministro do Turismo, Celso Sabino, participou nesta quinta-feira da inauguração do Parque Linear da Nova Doca, em Belém (PA), ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A obra faz parte da infraestrutura da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a chamada COP30, que acontecerá na capital paraense em novembro. Diante de Lula, Sabino mandou um recado ao seu partido político e disse que irá segurar a mão do petista onde estiver.

“Presidente Lula, o que nós fizemos juntos no Turismo nunca será esquecido. Eu fico muito feliz e honrado de estar hoje aqui, no meu Estado do Pará, para lhe dizer: nada, nem um partido político, nem um cargo e nem uma ambição pessoal vai me afastar desse povo que eu amo e do Estado do Pará. Conte comigo, presidente, onde quer que eu esteja, para lhe apoiar, para segurar a sua mão, porque reconheço e sei o seu trabalho e tudo que o senhor fez pelo Brasil e pelo Estado do Pará”, afirmou Sabino.

A crítica indireta coincide com a pressão que o ministro recebeu do União Brasil, seu partido, para deixar o cargo na gestão petista. A imposição aconteceu às vésperas da realização da COP, evento que acontecerá no berço eleitoral de Sabino e teve a participação direta do Ministério do Turismo.

Na semana passada, ao comunicar que entregaria sua carta de demissão por ordem do partido, Sabino já havia antecipado que ficaria mais alguns dias no cargo para acompanhar Lula na visita à capital paraense. Com isso, ele também acabou ganhando mais tempo para tentar demover o União Brasil.

“A minha vontade é clara, é continuar o trabalho que a gente vem fazendo e a gente tem um trabalho de diálogo mantido. Vou seguir conversando com as lideranças do meu partido e nós vamos continuar o diálogo”, disse o ministro naquela ocasião.

Questionado, então, sobre a possibilidade de reverter o quadro e permanecer no governo mesmo com a pressão da legenda, Sabino disse, na semana passada, que acredita no diálogo. “Eu acredito que os homens públicos devem querer o que é melhor para o país”, afirmou.

Sabino assumiu o ministério em 2023 como um aliado de primeira hora do deputado Arthur Lira (PP-AL), então presidente da Câmara. Sua nomeação foi vista, na época, como estratégica para sedimentar o apoio do Centrão à pauta de interesse do Palácio do Planalto na Casa.

Há pouco mais de dois anos no cargo, Sabino passou a ganhar confiança e apreço de Lula. Nos últimos meses, por exemplo, ele foi destacado para auxiliar diretamente nos preparativos da COP30. O evento tem um significado distinto para o ministro do União Brasil porque, além de atrair holofotes do mundo inteiro, irá acontecer justamente em seu berço eleitoral, o Pará.

Porém, mesmo sob destaque dado ao ministro pelo presidente, o União Brasil passou a pressionar seus filiados pelo desembarque do governo. No pano de fundo para o movimento feito pelo partido, está a preparação da legenda para as eleições de 2026. Nesse sentido, nas últimas semanas, a sigla sinalizou a Lula que não anunciará apoio à reeleição dele no ano que vem.

Como parte desse movimento, no dia 2 de setembro, o presidente da Federação União PP, Antônio Rueda, anunciou que todos os filiados do grupo político deveriam entregar, em um prazo de 30 dias, os cargos que ocupam no governo federal. Os eventuais descumprimentos, anunciou, estariam sujeitos a afastamento.

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