Com a eleição, caberá a Dino concluir o andamento das ações da trama golpista. Até o momento, só houve o julgamento do chamado “núcleo crucial”, que tem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os réus. Falta julgar outros quatro núcleos.

Dino tomou posse como ministro do STF em fevereiro de 2024. Desde então, ganhou protagonismo na Corte rapidamente. Um dos motivos é a relatoria das ações sobre emendas parlamentares. Também influencia a desenvoltura do ministro durante os julgamentos. Entre os colegas, a avaliação é de que Dino é habilidoso e não aparenta ser o último a ingressar no Supremo.

Na sessão desta terça, Dino disse que seguirá atuando com bom humor. “Alguns gostam, outros não, mas eu sempre me escoro na oração preferida do papa Francisco: a oração do bom humor. Eu procuro imprimir isso até como forma de acalentar uma alma dilacerada por tantos sofrimentos como a minha”, disse.

“Então, eu tenho essa vivência e, por isso, mesmo nos momentos mais graves, sempre procuro imprimir uma nota de singularidade. Eu desejo vivamente, ao tempo que aqui estiver, ser esse elemento de coesão, porque mesmo com as diferenças, que tenhamos esse senso de união e colegialidade”, disse.

A ministra Cármen Lúcia parabenizou o colega. “Nosso ministro Flávio Dino é um colega que nos dá tranquilidade da continuidade dos trabalhos, com o mesmo empenho e vontade de fazer que a história do STF se mantenha com integridade, segurança, ética republicana e espírito democrático.”

Ela aproveitou para também parabenizar Zanin pelo período em que o colega exerceu a presidência. “Em nome da Turma, na condição de mais velha, estou agradecendo enormemente o trabalho exercido por Vossa Excelência, pela tranquilidade que conduziu. Durante todo esse período, conduziu os trabalhos nos dando muita segurança e serenidade para que pudéssemos também votar e exercer nossos ofícios.”