O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na tarde desta segunda-feira (15) que militares americanos realizaram outro ataque contra uma embarcação com drogas que havia saído da Venezuela, no Mar do Caribe.

“Esta manhã, sob minhas ordens, as Forças Militares dos EUA conduziram um segundo ataque cinético contra cartéis de narcotráfico e narcoterroristas extraordinariamente violentos, positivamente identificados, na área de responsabilidade do Southcom [Comando Sul americano]”, escreveu Trump na rede Truth Social.

“O ataque ocorreu enquanto esses narcoterroristas confirmados da Venezuela estavam em águas internacionais transportando narcóticos ilegais (uma arma mortal envenenando americanos!) com destino aos EUA”, acrescentou o presidente, que disse que “o ataque resultou na morte de três terroristas do sexo masculino em ação”.

Os Estados Unidos classificam traficantes de drogas como terroristas porque designaram uma série de cartéis e gangues, entre elas as venezuelanas Tren de Aragua e Cartel de Los Soles, como organizações terroristas.

Trump disse que nenhum membro das Forças Armadas dos EUA foi ferido no ataque desta segunda-feira.

“Atenção — se você está transportando drogas que podem matar americanos, estamos caçando você! As atividades ilícitas desses cartéis têm causado consequências devastadoras nas comunidades americanas há décadas, matando milhões de cidadãos americanos. Isso não vai mais acontecer”, escreveu.

No último dia 2, após os Estados Unidos terem enviado oito navios de guerra e um submarino nuclear para as águas do Mar do Caribe próximas da Venezuela, Trump já havia anunciado que um barco com drogas foi atingido por militares americanos no Mar do Caribe. Ele disse que a carga era do Tren de Aragua e que 11 pessoas a bordo foram mortas.

O regime de Nicolás Maduro afirmou que essa primeira ação foi uma operação de “bandeira falsa” e que as imagens que a Casa Branca divulgou do ataque seriam um vídeo produzido por Inteligência Artificial (IA).

O regime chavista alega que a operação americana no sul do Caribe é uma “desculpa” para uma intervenção na Venezuela e tem aumentado a mobilização e a retórica militares.