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Itamaraty responde a ameaça dos EUA por condenação de Bolsonaro

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“Ameaças não intimidarão nossa democracia”, disse o Ministério das Relações Exteriores no X. O comentário desta quinta-feira (11) à noite foi uma resposta a uma mensagem anterior do secretário de Estado americano Marco Rubio, que prometeu uma “resposta adequada” à condenação do ex-presidente Bolsonaro.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quinta para condenar Jair Messias Bolsonaro e outros réus por golpe de Estado, entre outros crimes. A pena do ex-presidente foi estipulada em 27 anos e 3 meses de prisão e multa. Rubio escreveu que “Os Estados Unidos responderão de forma adequada a essa caça às bruxas”, segundo o secretário americano.

“O Poder Judiciário brasileiro julgou, com a independência que lhe assegura a Constituição de 1988, os primeiros acusados pela frustrada tentativa de golpe de Estado, que tiveram amplo direito de defesa. As instituições democráticas brasileiras deram sua resposta ao golpismo”, respondeu o Ministério das Relações Exteriores (MRE), em nota postada nas redes sociais.

Trump critica julgamento

O presidente dos EUA, Donald Trump, também se manifestou sobre a condenação de Bolsonaro. Respondendo a questionamento de jornalistas, Trump se disse surpreso com o resultado do julgamento.

“Eu assisti ao julgamento, conheço-o muito bem. Como líder estrangeiro, achei que ele foi um bom presidente. É muito surpreendente que isso pudesse acontecer. É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram de forma alguma. Ele foi um bom homem, e não vejo isso acontecendo”, declarou Trump.

O julgamento no STF terminou em 4 a 1 pela condenação, com o voto decisivo da ministra Cármen Lúcia, que acompanhou a posição da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao reconhecer Bolsonaro como articulador do alegado plano de ruptura institucional. O ministro Luiz Fux foi o único a votar pela absolvição.

Trump já havia chamado o processo contra Bolsonaro de “caça às bruxas” e, em diversas ocasiões, comparou o caso do ex-presidente brasileiro às ações judiciais que enfrentou nos Estados Unidos. Em julho, Washington anunciou sanções contra ministros do STF e aplicou a Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, relator do julgamento que resultou na condenação de Bolsonaro. Além das medidas punitivas, o governo Trump elevou tarifas sobre produtos brasileiros, ampliando a pressão diplomática e econômica sobre o Brasil.

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