O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, alegou nesta quinta-feira (27) que a esmagadora maioria da população do país apoia os “esforços de paz” do regime chavista junto aos Estados Unidos, mas também está disposta a “defender” a nação caribenha “com armas em punho”.
Segundo comunicado do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Maduro fez o comentário durante uma transmissão em comemoração ao 105º aniversário da Força Aérea da Venezuela (hoje chamada Aviação Militar Bolivariana) e ao 33º aniversário da Revolta Militar de 27 de Novembro, como os chavistas chamam uma tentativa de golpe de Estado ocorrida no país em 1992.
O ditador venezuelano alegou que “94% do povo venezuelano apoia os esforços de paz em curso”, mas ao mesmo tempo “números gigantescos, nunca antes vistos, mostram que 82% dos venezuelanos e venezuelanas dizem estar dispostos a defender sua pátria sagrada com armas em punho”.
“Esse número das pesquisas não é apenas uma estatística; para nós, é um mandato histórico: defender a pátria e garantir a vitória, sempre a vitória, da independência e da paz”, acrescentou Maduro. O comunicado do PSUV não esclarece de onde o ditador tirou esses números.
Na quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que as forças americanas começarão “muito em breve” a realizar ações por terra contra cartéis de drogas da Venezuela, após uma operação militar no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico que já resultou em 21 ataques a 22 embarcações (com 83 mortes) supostamente ligadas ao narcotráfico.
O chavismo considera que essas ações de Washington são uma desculpa para tirar Maduro do poder, e o regime de Caracas tem alternado entre bravatas contra os EUA e pedidos de negociação com a gestão Trump.
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